terça-feira, 3 de setembro de 2013

PNL & Estado

Já ouvimos falar muitas vezes que os seres humanos utilizam apenas uma ínfima parte da capacidade real de seus cérebros... Também já passamos por situações interessantes em que sentimos que estamos numa “maré de sorte” – onde tudo dá certo e se tem a certeza de que nada pode dar errado. E também pela situação oposta, onde parecemos viver uma “maré de azar” – onde as coisas não fluem, parece que estamos “com dois braços esquerdos” e que, mesmo as coisas que estávamos a costumados a fazer com sucesso, parecem não “vingar”.
É tão aparentemente inexplicável que parece algo mágico que independe de nossa vontade. Ledo engano...
A magia é nosso próprio estado neurofisiológico.
A consciência disso é somente o início de nossa caminhada pela mudança – que pode multiplicar nossas “marés de sorte”. A chave é ficarmos atentos aos nossos estados e, assim, poder controlar nosso comportamento, pois este é resultado daquele.

      A novidade é que, quando conscientes e determinados, temos poder sobre nossos estados; podendo escolher a forma como as situações externas vão nos afetar (positiva ou negativamente).


O que acontece normalmente é que vemos uma coisa ou passamos por uma situação e respondemos a ela entrando num estado – que pode ser rico em recursos positivos ou completamente limitante.

Mas, como direcionar o estado?
Aqui, consideramos dois fatores muito importantes :

  • Nossas representações internas.
 
A forma como representamos internamente o que vemos, ouvimos e sentimos acabam criando um estado e gerando um tipo de comportamento.     
Por exemplo:
Você está esperando a vizinha que ficou de buscar seu filho na escola de carro. Ela está bem atrasada.
Você pode pensar:
A- “Ela é mesmo uma pessoa em quem não se pode confiar – deve ter se atrasado por alguma bobagem ou desleixo, meu filho está na escola esperando... É uma grande falta de respeito comigo e com ele.” – Esta forma de representar a situação lhe trará Raiva
B- “Alguma coisa deve ter acontecido... Certamente houve algum acidente e ela nem pôde se comunicar... Será que meu filho está bem? Será que está sofrendo de alguma forma? Será que ainda está vivo?” - Esta forma de representar a situação lhe trará Medo e Desespero.
C- “O transito é mesmo infernal neste horário... Tem dias que se leva “horas” para cruzar a rótula... E só para estacionar próximo à escola já é complicado... Coitada da “fulana”, já deve estar cansada...” - Esta forma de representar a situação lhe trará compreensão e solidariedade.

Para cada forma diferente de representar a situação se acessará uma emoção diferente e um comportamento conseqüente.
As representações que usamos têm origem em  nossa experiência pessoal e nas escolhas que fizemos durante nossa vida, mas, também há outro fator:

 
  • O nosso padrão de uso de nossa fisiologia.
Fisiologia = Postura, Bioquímica, Energia Nervosa, Respiração, Tensão Muscular – Tudo isso tem impacto sobre nosso estado.
A condição de nossa fisiologia afeta profundamente a forma como representamos as situações internamente e as reações que teremos a elas.
Quando estivermos num estado fisiológico de tensão, cansaço, dor ou mesmo com pouco açúcar no sangue, tenderemos a nos afinizar com emoções negativas, assumindo comportamentos coerentes com estas emoções.
Quando estivermos num estado fisiológico de tranqüilidade, alegria e conforto, tenderemos a nos afinizar com emoções mais positivas e veremos o mundo mais colorido e vibrante.

 
Se quisermos dirigir nossos estados, então, devemos aprender a controlar e dirigir nossas representações internas e nossa fisiologia. E isso é possível!
Através de nossos sentidos, captamos os acontecimentos externos e os transmitimos ao cérebro. Por não termos condições de absorver todos os milhares de estímulos contidos em uma simples situação, o cérebro usa processos de distorção, cancelamento e generalização, fazendo uma filtragem do acontecimento para criar uma representação interna dele. Esta representação também servirá como componente de filtro para representar uma experiência posterior, e assim por diante.
Como estas representações são completamente individuais e geram estados, independentemente da realidade, por que não manipulamos nossas representações para criar estados ricos de recursos? Como?
Lembrando que, à princípio, não há nada intrinsecamente Mau ou Bom - em qualquer situação ou acontecimento, se tem muitas coisas em que se pode enfocar. 


Por exemplo:
Hoje acordei e me deparei com uma manhã de céu limpo e sol brilhante.
Dependendo do foco, posso pensar:
- “Que dia maravilhoso! Dias assim me fazem pensar que a vida realmente vale a pena e que a natureza é fantástica em nos presentear com suas belezas!”  Ou,
- “Que desgraça! Vai ser mais um daqueles dias de calor infernal em que a gente se arrepende de estar vivo!”

De que forma você tem escolhido pensar? Quais crenças o movem? Qual o seu foco?

Se não escolhemos, conscientemente, o estado em que desejamos estar, ficamos à mercê de escolhas aleatórias de nossos sistemas.

Torne sua escolha consciente! A cada acontecimento de sua vida, esteja consciente e escolha a forma como o quer representar.      
Você pode sim! É uma questão de praticar, até que se torne cada vez mais automático representar as coisas de forma positiva e leve.
È claro que, mesmo ativando estados ricos de recursos, nem sempre alcançamos tudo o que desejamos, mas, aumentamos grandemente a possibilidade de sucesso.